Contação de Histórias - Viagem Literária

6 a 9 de agosto
13 A 16 de Agosto
20 a 23 de Agosto
27 a 30 de Agosto

Módulo_Presencial

Foto: Rogener Pavinski

Ademir Apparício Júnior

Ator-pesquisador, palhaço, contador de histórias, produtor criativo, arte-educador e mímico. Aprendeu a arte de contar histórias com Dolores, sua avó paterna. Formado em Gestão Cultural, diplomado em Mímica Total, Teatro Físico e Arte Dramática. Patrono da cadeira 19 da Academia Brasileira de Contadores de Histórias e membro da Rede Internacional de Contadores de Histórias. Também faz parte do grupo de pesquisas teatrais Coletivo MÓ, coordenado pela atriz-pesquisadora Naomi Silman, da Lume Teatro. Idealizador e produtor do Festival Nacional de Contadores de Histórias no Ciberespaço, realizado com recursos do ProAC Expresso Lei Emergencial Aldir Blanc.

_DATAS E HORÁRIOS

06/08 • 09h | 14h • Sabino
07/08 • 09h | 14h • Lins
08/08 • 09h | 14h • Uru
09/08 • 09h | 14h • Borborema


Foto: Divulgação

Camila Genaro

Antes de se tornar contadora de histórias, era uma "escutadora de histórias", encontrando nas tradições orais e nos clássicos da literatura uma forma de ampliar seu mundo. Atualmente, é reconhecida como referência em história oral, ocupando a posição de acadêmica-patrona da cadeira 18 da Academia Brasileira de Contadores de Histórias. Além de ser apresentadora de TV, palestrante, formadora de novos contadores e influenciadora digital, também se aventura na escrita. Com uma extensa lista de participações em feiras, festivais e encontros de literatura oral, acumula prêmios em reconhecimento ao seu trabalho, incluindo o Prêmio Anita Garibaldi e o Troféu Baobá, considerado o mais importante dos contadores de histórias do Brasil.

_DATAS E HORÁRIOS

06/08 • 09h | 14h • São José do Barreiro
07/08 • 09h | 14h • São Bento do Sapucaí
08/08 • 09h | 14h • São José dos Campos
09/08 • 09h | 14h • Itaquaquecetuba


Foto: Divulgação

Cia. Bisclof

Fundada em 2015, surgiu do desejo em comum de dialogar, por meio da arte, com públicos de todas as idades utilizando linguagem simples, lúdica e divertida, mesclando diferentes linguagens artísticas. Desde então, realiza intervenções artísticas, contações de histórias e oficinas artístico-pedagógicas em diversas programações, espaços e bibliotecas, como unidades do Sesc, BiblioSesc, Sesi, Centro Cultural São Paulo, Centro Cultural Penha, Galeria Olido, Museu da Imagem e do Som, Viagem Literária, viradas culturais, Mostra Sesc Cariri de Culturas, Bienal Internacional do Livro de São Paulo, Fábricas de Cultura, Recreio nas Férias, entre outras instituições e eventos.

_DATAS E HORÁRIOS

27/08 • 09h | 14h • Lourdes
28/08 • 09h | 14h • Birigui
29/08 • 09h | 14h • Penápolis
30/08 • 09h | 14h • Guaiçara


Foto: Edson Retratos

Cia. Malas Portam

Desde 2007 se dedica ao estudo de linguagens artísticas, como teatro, música, literatura e brincadeiras. Percorreu nove estados brasileiros e participou de treze festivais internacionais. Suas pesquisas resultaram em sete espetáculos de contação de histórias - dois musicais infantis, oficinas e cinco livros: A lagarta caolha, O pé de guaraná, Na beira da lagoa, 99 brincadeiras cantadas, Meu amigo ET e um DVD denominado Kit malas portam, com seis músicas autorais e duas narrações de histórias.

_DATAS E HORÁRIOS

13/08 • 09h | 14h • Adamantina
14/08 • 09h | 14h • Parapuã
15/08 • 09h | 14h • Bastos
16/08 • 09h | 14h • Herculândia


Foto: Izabel Cristina

Cia. Mapinguary

Criada em 2000 por Carlos Godoy com a proposta de contação de histórias com narrativa oral cênica. Tem como fontes inspiradoras o folclore infantil, o teatro de bonecos e os contos populares do Brasil e do mundo. A companhia viaja pelo Brasil se apresentando em bibliotecas públicas, escolas, casas de cultura, centros culturais, livrarias e unidades do Sesc. Em 2014, foi convidada para o Festival Internacional de Contadores de Histórias Akuentajui, na Colômbia.

_DATAS E HORÁRIOS

13/08 • 09h | 14h • Charqueada
14/08 • 09h | 14h • Piracicaba
15/08 • 09h | 14h • Limeira
16/08 • 09h | 14h • Nova Odessa


Foto: Nathalia Kwast

Cia. Pé do Ouvido

Criada em 2013, compartilha contos de tradição oral e narrativas literárias. A dupla participou do Viagem Literária, gravou contações de história no programa Quintal da Cultura, da TV Cultura, e tem se apresentado em bibliotecas, unidades do Sesc, centros culturais e escolas. Em 2021,  montou seu primeiro espetáculo teatral, Os filhos de Iauaretê, a onça-rei, de Kaká Werá, com direção de Thaís Medeiros.

_DATAS E HORÁRIOS

20/08 • 09h | 14h • Ubarana
21/08 • 09h | 14h • Tabapuã
22/08 • 09h | 14h • Monte Aprazível
23/08 • 09h | 14h • Colina


Foto: Malaki

Cia. Rabo de Cutia

Nasce em 2020 com a contadora de histórias e atriz, Sandra Guzmán, e o músico André Gonçalves. Movidos pela inquietação da vivência artística por meio do teatro, da narração de histórias e da música, que vestem o colorido da cultura popular. Soma oito projetos para diferentes públicos, participando do Viagem Literária, viradas culturais, ProArt, festivais nacionais e internacionais com contadores de histórias.

_DATAS E HORÁRIOS

13/08 • 09h | 14h • Pereira Barreto
14/08 • 09h | 14h • Santa Fé do Sul
15/08 • 09h | 14h • Guararapes
16/08 • 09h | 14h • Valparaíso


Foto: Rafael Strabelli

Drika Nunes

Comunicóloga, atriz, contadora de histórias e mediadora de leitura. Atuou como professora de literatura viva no projeto Metamorfoses da ONG Casulo e como professora especialista na arte de contar histórias pela Associação Crescer Sempre. Criadora da Cia. Hespérides, realiza apresentações nacionais e internacionais em teatros, bibliotecas, praças, centros culturais, escolas, livrarias, presídios e hospitais, para públicos de todas as idades. Membro da Red Internacional de Cuentacuentos. Em 2023, tornou-se patrona na Academia Brasileira de Contadores de Histórias, ocupando a cadeira  8, e recebeu o Troféu Baobá, considerado o mais importante dos contadores de histórias do Brasil.

_DATAS E HORÁRIOS

20/08 • 09h | 14h • Presidente Venceslau
21/08 • 09h | 14h • Rosana
22/08 • 09h | 14h • Narandiba


Foto: Divulgação

Ih, Contei!

Leandro Pedro e Elton Pinheiro são contadores de histórias e fundadores da companhia, criada em 2012, que trabalha nas áreas de literatura, artes cênicas e cultura popular. Desenvolvem projetos de contação de histórias, publicação de livros, oficinas, festivais, intervenções poéticas, produções especialmente voltadas à infância, com atividades que já passaram por mais de 60 cidades do Brasil.

_DATAS E HORÁRIOS

12/08 • 09h | 14h • Ibaté
13/08 • 09h | 14h • Franca
14/08 • 09h | 14h • Batatais
15/08 • 09h | 14h • Cravinhos


Foto: Divulgação

Juvenal Bernardes

Contador de histórias, palhaço, escritor e editor. Publica seus cordéis A guerra do macaco com a onça, Cordel patrimonial, Contos populares em cordel e Tato, o tatu pela Manuguita Edições. Como contador de histórias desenvolveu vários projetos, como A Hora do Conto na Escola e Passa na Praça.

_DATAS E HORÁRIOS

20/08 • 09h | 14h • Ibiúna
21/08 • 09h | 14h • Itapevi
22/08 • 09h | 14h • Cotia
23/08 • 10h | 15h • São Paulo - BSP


Foto: Paulo Savala

Kiara Terra

Cursou Arte Dramática e Comunicação das Artes do Corpo, com habilitação em Performance Arte. É doutoranda em Sociologia da Infância, em Portugal. Em 1998 iniciou a pesquisa do método de narrativas colaborativas a partir da escuta das perguntas dos públicos e fundou a metodologia A História Aberta, que integra oralidade e improvisação. Nos últimos 15 anos viajou por diversos lugares formando educadores e participou de importantes iniciativas nacionais e internacionais ligadas à defesa dos direitos das crianças e dos jovens.

_DATAS E HORÁRIOS

13/08 • 09h | 14h • Marília
14/08 • 09h | 14h • Vera Cruz
15/08 • 09h | 14h • Garça
16/08 • 09h | 14h • Pederneiras


Foto: Marcela Beltrão

Lígia Borges

Doutora, mestre e licenciada em Artes Cênicas, atua como educadora de artes. Foi professora de teatro na referência de integração de linguagens artísticas nas infâncias. Fundadora e integrante da Cia. Ginga e Prosa, que circulou em diversos espaços culturais contando histórias. Já atuou como encenadora, atriz e performer em grupos diversos de teatro na cidade de São Paulo.

_DATAS E HORÁRIOS

27/08 • 09h | 14h • Mococa
28/08 • 09h | 14h • Santa Cruz das Palmeiras
29/08 • 09h | 14h • Porto Ferreira
30/08 • 09h | 14h • Cordeirópolis


Foto: Priscila Beal

Mandingueiras da Pracinha

Formada em 2017 pelas contadoras de histórias, brincantes e capoeiristas Paula Castro e Camila Signorini, a companhia atua com narrações de histórias, brincadeiras populares cantadas, mediações, aulas, vivências e oficinas culturais em diversos espaços e programas educacionais e culturais. Participou da Virada Cultural, do Festival Literário de Votuporanga, do Viagem Literária, da reinauguração do Teatro Municipal Humberto Sinibaldi e produziu o espetáculo Quintal de Encantarias. Atualmente desenvolve os projetos Conto! e Água de Beber, ambos contemplados pela Lei Paulo Gustavo.

_DATAS E HORÁRIOS

20/08 • 09h | 14h • Cananéia
21/08 • 09h | 14h • Itanhaém
22/08 • 09h | 14h • Cubatão
23/08 • 9h30 | 15h • São Bernardo do Campo


Foto: Gustavo Levine

Márcio Maracajá

Atua em várias frentes artísticas, como ator, contador de histórias, diretor, cenógrafo, educador e fundador da Cia. de Projetos Cênicos e da Cia. Sá Totonha. Sua alma andarilha segue passos da velha senhora Totonha, personagem de José Lins do Rego, sua grande fonte de inspiração. Multiartista pernambucano falando para o mundo.

_DATAS E HORÁRIOS

06/08 • 09h | 14h • São Sebastião
07/08 • 09h | 14h • Guararema
08/08 • 09h | 14h • Santo André
09/08 • 09h | 14h • Diadema


Foto: Lara Valença

Mari Bigio

Escritora, cordelista, contadora de histórias, compositora, cantora e radialista com 17 anos de carreira, tendo recebido diversos prêmios ao longo dessa trajetória. Possui dezenas de cordéis e 17 livros infantis publicados, além de álbuns musicais e canções disponíveis para escuta nas principais plataformas digitais. No seu canal no YouTube é possível encontrar algumas de suas histórias, nas quais mistura cordel, música, sonoplastia, teatro de bonecos, mamulengos, fantoches e outros recursos cênicos.

_DATAS E HORÁRIOS

20/08 • 09h | 14h • Pinhalzinho
21/08 • 09h | 14h • Itatiba
22/08 • 09h | 14h • Caieiras
23/08 • 10h | 15h • São Paulo - BVL
27/08 • 09h | 14h • Pardinho
28/08 • 09h | 14h • Itapetininga
29/08 • 09h | 14h • Tatuí
30/08 • 09h | 14h • Itu


Foto: Divulgação

Tricotando Palavras

Pesquisa o teatro, a contação de histórias, a música e as manifestações populares brasileiras há 13 anos. Realiza apresentações por todo o Brasil, circulando por unidades do Sesc, escolas, bibliotecas e espaços culturais diversos.

_DATAS E HORÁRIOS

27/08 • 09h | 14h • Barão de Antonina
28/08 • 09h | 14h • Ourinhos
29/08 • 09h | 14h • Santa Cruz do Rio Pardo
30/08 • 09h | 14h • Lençóis Paulista


Blog

Fique por dentro de tudo o que acontece nos três módulos do Viagem Literária!

Márcio Maracajá: a arte de contar o cordel para o mundo

Márcio Maracajá: a arte de contar o cordel para o mundo

O multiartista pernambucano Márcio Maracajá se sente à vontade para compartilhar o universo dos cordéis com o mundo. Não é para menos: o ator, contador de histórias, diretor, cenógrafo, educador e fundador da Cia. de Projetos Cênicos e da Cia. Sá Totonha - personagem de José Lins do Rego, sua grande fonte de inspiração -, revelou que sua primeira referência de narrativas e de literatura foi com este tipo de história. “Antes de aprender ler, já ouvia tias narrando feitos heroicos, acontecimentos fantásticos, saído das páginas simples dos folhetos comprados em feiras”, relembra o contador de histórias”, relembra o contador de histórias. Foi durante a 16ª edição do programa Viagem Literária – módulo Contação de Histórias – Literatura de Cordel, que Maracajá pode colocar em prática, mais uma vez, seu dom de transmitir e universalizar o cordel. Ele esteve no comando das sessões que ocorreram entre os 6 a 8 de agosto nos municípios de  São Sebastião (6 de agosto, na Biblioteca Municipal de São Sebastião ‘Álvaro Doria Orselli – Seu Alvinho’; Guararema (7 de agosto, na Biblioteca Municipal Professora Zilda Leonor Lopes, situada no espaço da Estação Literária Professora Maria de Lourdes Évora Camargo);  Santo André (8 de agosto, na Biblioteca Pública Vila Palmares) e Diadema (9 de agosto, na Biblioteca Pública Oliria de Campos Barros). “Foi ótimo! Acho muito especial poder compartilhar este universo dos cordéis com variados públicos”, disse o ator. Viva, Leandro Gomes de Barros“Toda vez que narro as histórias de Leandro Gomes, sou tomado por estas lembranças que me formaram”, recorda o ator, se referindo àquele que é considerado o primeiro escritor brasileiro de literatura de Cordel e o maior poeta popular do Brasil de todos os tempos, Leandro Gomes de Barros. No seu tempo, seu codinome era "O Primeiro sem Segundo". Foi campeão absoluto de vendas, tendo escrito aproximadamente 240 obras, com muitos folhetos que ultrapassam a casa dos 3 milhões de exemplares vendidos. Em 19 de novembro é comemorado o "Dia do Cordelista", em homenagem ao nascimento de Leandro Gomes de Barros.E a viagem continua... Neste módulo específico de “Contação de Histórias”, realizam-se 134 atividades culturais em um total de 67 bibliotecas em todo o Estado de São Paulo. Dezesseis grupos de contadores de histórias se dedicarão a encantar públicos de todas as idades com suas narrativas envolventes. Os eventos acontecem sempre em bibliotecas públicas, em parceria com as prefeituras das cidades participantes. A proposta é estimular a formação de novos leitores e fortalecer os vínculos entre as bibliotecas e a população local, além de dar ênfase à literatura brasileira de cordel. 
Camila Genaro: ‘Somos humanos e precisamos das histórias, mesmo em tempos de IA”

Camila Genaro: ‘Somos humanos e precisamos das histórias, mesmo em tempos de IA”

Para Camila Genaro, para ser uma boa contadora de histórias é necessário ter ouvidos atentos para o mundo - “só assim conseguiremos dialogar com o público”,  diz.  Há 27 anos contando e escutando histórias, hoje ela ocupa a cadeira 18 da Academia Brasileira de Contadores de Histórias e acumula prêmios como Anita Garibaldi e o Troféu Baobá, considerado o mais importante da categoria no Brasil. “Todas as vezes que inicio uma apresentação e percebo os olhos brilhantes na minha direção, meu corpo se arrepia. Ali, naquele instante, acontece a ´magia´ do poder da palavra. Quando acabo e recebo afeto é a certeza de que as histórias entraram, de alguma forma, na vida daquelas pessoas de todas as idades”, conta ela, que está em turnê no módulo Contação de Histórias - Literatura de Cordel do Viagem Literária. Confira a entrevista completa: Qual a importância de levar a literatura de cordel aos espaços públicos?O tema deste ano [Literatura de Cordel] é de uma importância imensa para que o público do estado de São Paulo conheça outra cultura, outras formas de se contar histórias. O Brasil é gigante em arte e cultura, e nós, contadores e contadoras de histórias somos pontes entre o público e essa cultura.Como a sua jornada de “escutadora de histórias” influenciou sua abordagem como contadora de histórias e como isso se reflete em suas apresentações hoje?Para ser um bom contador de histórias é necessário ser um bom escutador de histórias. Ter ouvidos atentos para o mundo. Só assim conseguiremos dialogar com o público. Os contos dizem sem dizer. Abrem conversas profundas, com temas que muitas vezes são difíceis… por isso não acredito numa abordagem com a quarta parede numa apresentação de contação de histórias. Quando conto também escuto.Como percebe o impacto de suas histórias sobre os públicos? Todas as vezes que inicio uma apresentação e percebo os olhos brilhantes na minha direção, meu corpo se arrepia. Ali, naquele instante, acontece a “magia” do poder da palavra. Quando acabo e recebo afeto é a certeza de que as histórias entraram, de alguma forma, na vida daquelas pessoas de todas as idades. Conto histórias há 27 anos e tem muita história boa pra contar. Mas, durante a pandemia, contei histórias todos os dias ao vivo pelas redes sociais. E até hoje, as pessoas me mandam mensagens lindas dizendo que “salvei” a sanidade mental delas. E sempre respondo que esses encontros diários também me salvaram. Quais os principais desafios de usar a internet para disseminar sua arte?O olho no olho é sempre incrível. A sensação de estar junto é sensacional. Mas quando surgiu a oportunidade de contar histórias na Internet, eu quis testar. E deu certo! Minha voz chegava em muitos lugares que meu corpo ainda não tinha ido. Penso que não temos que substituir o olho no olho pelas telas, mas sim agregar. Trabalhar junto. As tecnologias são uma realidade na maioria das casas. Então, não dá para “brigar” com elas, e sim entender como comunicar de uma outra maneira para que as histórias cumpram seu papel.Como você vê o futuro da contação de histórias no Brasil?Vejo um movimento grande de pessoas querendo contar histórias. E isso é lindo. Porque poderemos estar em todos os espaços com diversas vozes. Vejo, também, profissionais de marketing e empresários de todas as áreas bebendo na fonte da oralidade para comunicar  com seus clientes. A contação de histórias é uma arte viva e em movimento. Que se transforma de acordo com o tempo que estamos vivendo. Somos humanos e precisamos das histórias, mesmo em tempos de IA. Momento de descontração após apresentação na cidade de São Bento de Sapucaí (Foto: Vanessa Sousa)
'Muita loucura, cantoria e histórias emocionantes' é o que promete Ademir Apparício Júnior na primeira semana do Viagem Literária

'Muita loucura, cantoria e histórias emocionantes' é o que promete Ademir Apparício Júnior na primeira semana do Viagem Literária

Ademir Apparício Júnior é um ator-pesquisador, palhaço, contador de histórias, produtor criativo, arte-educador e mímico que aprendeu a arte de contar histórias com sua avó Dolores. "Quando apresento, é como se ela estivesse comigo em cada sorriso do público, cada olhar, cada canção que eu canto em cada história que eu apresento", ele compartilha. Patrono da cadeira 19 da Academia Brasileira de Contadores de Histórias e membro da Rede Internacional de Contadores de Histórias, Ademir traz uma abordagem autêntica e envolvente para suas apresentações. “Os estudos em Gestão Cultural me ajudaram a administrar melhor o meu trabalho, entendendo-o de forma empreendedora criativa. Isso me permitiu expandir minha ação artística para além da minha região,” explica.Em conversa com a SP Leituras, ele destaca a importância da literatura de cordel, recorda momentos inesquecíveis que já viveu com outras edições do Viagem Literária e ainda dá um teaser do que levará aos públicos neste ano. Confira!Como a sua formação em Gestão Cultural e os estudos em Mímica Total, Teatro Físico e Arte Dramática contribuem para a sua abordagem como contador de histórias e produtor criativo?Os estudos na Gestão Cultura me ajudaram a administrar melhor o meu trabalho entendendo ele de forma empreendedora criativa. Assim consegui expandir minha ação artística para outras localidades além da minha região e ter estratégias criativas para apresentar em lugares que nunca havia imaginado antes. Agora os estudos de Mímica com o Luis Louis, Teatro Físico com o LUME Teatro e Barracão Teatro potencializaram a minha ação oral que já vinha desenvolvendo desde que me formei em Arte Dramática, em 2013. Por meio da minha voz e do meu corpo eu fomento o olhar imaginativo do meu público fazendo com que ele realmente tenha uma viagem lúdica, divertida e emocionante. E toda história sempre tem um grande aprendizado que conforme ele vai escutando e percebendo os sentimentos da personagem, que são semelhantes aos seus sentimentos, vai encontrando respostas para o seus desafios nesse mundo.O que a literatura de cordel significa para você e qual a importância de levá-la às escolas e bibliotecas?Representa, de forma afetiva e íntima, um contato com a minha origem materna. Tenho um espetáculo que se chama "Histórias que minha avó contava" onde homenageio a minha avó e outras ancestralidades paternas. Nesse repertório vou homenagear a minha ancestralidade materna, que eram da região norte e nordeste. A importância de levar esse repertório para as escolas e bibliotecas tem um valor imensurável. Por meio do cordel temos histórias, cantos, contos, receitas e etc. É o nosso patrimônio cultural e uma população que valoriza a sua cultura é uma população que cresce emocionalmente. Fazer com que o público tenha esse contato é realmente extraordinário.Poderia compartilhar uma lembrança especial sobre como sua avó Dolores influenciou e inspirou seu caminho na arte de contar histórias?Vixi, difícil escolher uma...kkkkk! Sabe que quanto mais eu cresço, mais eu vejo a importância que a minha avó Dolores tem na minha vida. Quando apresento é como se ela estivesse comigo em cada sorriso do público, cada olhar, cada canção que eu canto em cada história que eu apresento. Me veio uma quadra que ela ama quando canto para ela: "O gosto não tem princípio, às vezes, não tem de quê. Gosto de ti, porque gosto; Sem mesmo saber por quê".Cite uma lembrança marcante de alguma edição do Viagem Literária…Mulher, não me faz pergunta difícil...kkkkkkkkkkk!!! São tantas! Lembro do trator de Itapura que saí anunciando na cidade que iria ter o Viagem Literária. Lembro da emoção de ver minha família materna quando apresentei em Araçatuba. Lembro dos adolescentes de uma escola de Birigui que quando me viram, pareciam que estavam vendo a Xuxa, quando terminou a apresentação eu fui de ônibus com eles para a escola e comi a merenda...kkkkkkk! Lembro de Ana Rosa que para agradar toda a população fizemos mais de 14 apresentações...kkkkkkk Ao mesmo tempo o que eu nunca esqueço é do sorriso de cada criança em cada história de cada cidade que eu apresento, se divertindo, emocionado e dançando o limãozinho comigo.O que os públicos podem esperar das suas apresentações desta semana?O de sempre... Muita loucura, muita cantoria, adivinhas (pois só começo quando acertam), histórias divertidas e emocionantes, dança, mímica e o que mais tiver de cultura popular que eu trouxer lá na hora...kkkkk Esse é o projeto que mais amo apresentar!Acompanhe o roteiro de Ademir Apparício Júnior no Viagem Literária 2024.