Institucional - Viagem Literária

Institucional

Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São
Paulo

A missão da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo é formular e implementar políticas públicas visando ampliar o acesso aos bens culturais, a descentralização das atividades, o fomento à produção cultural e a valorização do patrimônio cultural paulista.

Cabe à Unidade de Difusão Cultural, Bibliotecas e Leitura coordenar diversas ações do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB), que são gerenciadas e executadas, por meio de contrato de gestão, pela SP Leituras – Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura.

 

SisEB

O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo, criado pelo decreto nº 22.766, de 9 de outubro de 1984, e reformulado pelo decreto nº 55.914, de 14 de junho de 2010, congrega bibliotecas municipais e comunitárias localizadas no Estado e é composto por aproximadamente 450 unidades, incluindo a Biblioteca de São Paulo e a Biblioteca Parque Villa-Lobos, ambas sediadas na capital.

O SisEB direciona suas ações para que todas as bibliotecas públicas sejam bibliotecas vivas, isto é, espaços de leitura, pontos de encontro de pessoas e de cultura, para formar cidadãos e estimular a relação com a comunidade do entorno por meio da leitura e do acesso à informação. Como atividades principais, destacam-se:

 

• Promover a plena integração das bibliotecas;

• Prestar assistência técnica aos municípios para implantação e modernização das bibliotecas;

• Realizar ações de capacitação para as equipes das bibliotecas;

• Sistematizar informações e produzir publicações que estimulem o desenvolvimento pessoal e profissional das equipes;

• Apoiar a atualização dos acervos;

• Publicar materiais dirigidos aos usuários das bibliotecas;

• Organizar o Seminário Internacional Biblioteca Viva;

• Promover, em parceria com bibliotecas públicas municipais, o programa Viagem Literária;

• Estimular a criação de projetos de ação cultural e incentivo à leitura nas bibliotecas;

• Difundir ações de promoção da biblioteca e da leitura para secretários, diretores de cultura e educação e prefeitos dos municípios do Estado.

 

BibliON

A BibliON, biblioteca digital gratuita de São Paulo, é uma iniciativa do Governo do Estado, sob gestão da SP Leituras, que oferece mais de 17 mil livros digitais, audiobooks e outros materiais, além de uma vasta programação cultural. Para utilizar o serviço gratuito, basta que os interessados acessem www.biblion.org.br ou baixem o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store e realizem um breve cadastro.


As obras estão disponíveis para empréstimo por 15 dias. A BibliON permite ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar de desafios. E o sistema de busca permite que o usuário utilize diversos filtros, como tema, autor, categoria ou título - ou até mesmo leitura indicada para grupos etários, como leitura infantil e juvenil.

A BibliON é a extensão de um projeto piloto BSP Digital iniciado em janeiro de 2020 e que disponibilizou pouco mais de mil obras. Em mais de um ano de atividade foram realizados mais de 27 mil empréstimos de livros.

 

SP Leituras

Criada em junho de 2010, a SP Leituras – Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura – é uma organização social sem fins lucrativos que tem por missão idealizar e desenvolver projetos que contribuam para o incentivo à cultura, à leitura e à literatura.

Atualmente, gere a BSP, a BVL, o SisEB, a BibliON e o Centro Cultural e de Estudos Superiores Aúthos Pagano para a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. As duas bibliotecas estaduais foram finalistas de prêmios internacionais de excelência no segmento.

A revitalização e gestão da biblioteca corporativa de uma das maiores empresas públicas do Estado de São Paulo, a SABESP, também estão sob sua responsabilidade.

A instituição foi eleita, em 2021 pelo Instituto Doar, a melhor ONG do Brasil na categoria de Cultura e, pelo quarto ano consecutivo, uma das 100 Melhores ONGs do Brasil.


Literatura Brasileira no XXI
O Literatura Brasileira no XXI nasceu da parceria entre a SP Leituras – Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura – e a Unifesp – Universidade Federal de São Paulo, com o objetivo de tornar a literatura brasileira produzida no século XXI amplamente conhecida, debatida, apreciada e identificada por sua qualidade e diversidade de autores, temas e gêneros.

O projeto inclui oficinas mensais gratuitas realizadas na Biblioteca de São Paulo e na Biblioteca Parque Villa-Lobos, ministradas por professores da Unifesp. Artigos sobre o conteúdo das oficinas, assim como a produção literária dos participantes, ficam disponíveis no site do Literatura Brasileira no XXI. Há ainda indicações de livros, víd​​eos.

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Tributo à capoeira

Tributo à capoeira

São poucas as pessoas que conseguem transformar a paixão de vida em profissão. Esse é o caso do grupo Mandingueiras da Pracinha formado pelas contadoras de histórias, brincantes e capoeiristas Paula Castro e Camila Signorini. A dupla convidada a participar novamente do Viagem Literária comandou os espetáculos das bibliotecas de Ilhabela, São Sebastião, Biritiba Mirim e Suzano, de 22 a 25 de agosto. As apresentações foram baseadas no livro Em um tronco de Iroko vi a Iúna Cantar, de Erika Balbino. O tema da história já entrega o motivo da escolha. “O livro é sobre dois irmãos que conheceram a capoeira por meio de seres folclóricos, de deuses e entidades da natureza, trazendo recortes sobre a religiosidade afro-brasileira e afro-indígena. É uma aventura encantadora”, detalha Camila. Para a dupla, o Viagem Literária ao promover a aproximação das pessoas com o livro, a leitura e a literatura prova o quanto as bibliotecas são locais de  potência. “Além disso, com o processo de formação de público realizado antes das apresentações, aumenta a interatividade no decorrer do espetáculo, contribuindo com a inclusão de novos elementos no enredo e fazendo a aventura ficar muito mais divertida”, observa Paula. O grupo Mandingueiras da Pracinha atua desde 2017 com narrações de histórias, brincadeiras, vivências e oficinas. No último ano participou do Viagem Literária, da Hora do Conto da Biblioteca Pública de São José do Rio Preto e do Dia do Folclore de Brotas. Desenvolveu projetos contemplados no Edital ProAC Expresso e no Prêmio Nelson Seixas.    
Lições do mundo

Lições do mundo

Que lições as histórias trazem? Para os povos indígenas originários, as lendas, os contos e as tradições orais são uma forma de aprender o mundo. Ao participar do Viagem Literária, o escritor Cristino Wapichana fez questão de levar um pouco desses aprendizados para o público das bibliotecas de Garça, Bauru, Lençóis Paulistas e Botucatu, de 22 a 25 de agosto. Para o programa, selecionou três livros de sua autoria: A onça e o fogo, Sapatos trocados e Ceuci, a mãe do pranto. “O livro da Ceuci fala sobre algo muito valioso nos dias de hoje: o tempo. Ensina a vivermos o presente e sem ficar adiando as coisas”, conta o escritor. Uma das vantagens citadas por Cristino de participar do programa é poder mostrar para as pessoas como vivem os povos originários atualmente, afinal a imagem que muitos têm na cabeça ainda remetem há 200, 300 anos. “Somos pessoas ativas, desempenhamos várias profissões na sociedade, pagamos impostos e participamos ativamente da vida do país. Eu, por exemplo, além de escritor sou músico, cineasta e contador de histórias”, explica. Para ele, é importante a sociedade conhecer a diversidade dos povos originários para que sejam respeitados em sua cultura, no jeito de ser e de estar. “Só assim é possível conscientizar as pessoas para protegerem as matas e os rios e a defenderem as nossas terras, afinal somos todos iguais e compartilhamos do mesmo mundo.” Cristino Wapichana é patrono da cadeira 146º da Academia de Letras dos Professores da cidade de São Paulo. É autor de nove livros e vencedor de premiações relevantes, como o Prêmio Peter Pan, do Internacional Board on Books for Young People, e o Prêmio Jabuti. 
Mitos da criação

Mitos da criação

Contos que falam sobre a origem do universo e dos seres humanos deram o tom das apresentações da Cia. Koi, que percorreu as bibliotecas das cidades de Taubaté, São José dos Campos, Jacareí e Guararema, de 22 a 25 de agosto. Os espetáculos trouxeram para o Viagem Literária a delicadeza da arte japonesa de contar histórias chamada Kamishibai (teatro de papel), que mistura a narração com ilustrações artísticas. “Escolhemos as histórias de origem porque abordam temas essenciais à vida. Muito além da ciência, esses saberes ancestrais nos conectam com a nossa própria essência”, conta a atriz Andressa Giacomini. As encenações musicadas apresentaram os contos do livro Quando tudo começou, de César Obeid. Entre as histórias escolhidas estão o conto chinês O gigante Pan-ku, o conto indiano O sábio Manu e a história do povo originário brasileiro Karib em As criações de Purã. A obra está disponível para empréstimo na BibliON, a biblioteca digital gratuita de São Paulo. O grupo já é um velho conhecido do Viagem Literária e acredita que o programa é um momento único para conectar de forma lúdica e atrativa a literatura, os livros, as histórias, a arte e as bibliotecas. A Cia. Koi foi fundada em 2019, no município de Lins, pela atriz Andressa Giacomini e pela ilustradora Amanda Marques. Desenvolve projetos que circulam em bibliotecas, projetos sociais, escolas e festivais, sendo contemplada com vários prêmios, como Funarte RespirArte, ProAC e Aldir Blanc.