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40 Anos do SisEB: um marco na expansão e acesso à leitura
Marcus Rei destaca o recorde de 1.448 bibliotecas e 93% dos municípios atendidos no estado de São Paulo
Após a abertura oficial da 15ª edição do Seminário Internacional Biblioteca Viva na manhã desta terça-feira, foi a vez do coordenador do SisEB, Marcus Rei, subir ao palco do Centro de Convenções Rebouças para uma palestra oficial sobre os 40 anos do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo. Ele iniciou sua fala agradecendo a presença do público e destacando a importância do evento, que neste ano debate a inteligência artificial nas bibliotecas e celebra os 40 anos do SisEB.
"Coube a mim fazer uma pequena retrospectiva de dois momentos bem marcantes: 1984 e 2010". O SisEB foi criado em 1984 pelo Governo do Estado de São Paulo, com o objetivo de estabelecer convênios entre o sistema estadual e as bibliotecas públicas municipais. O foco inicial era fornecer apoio financeiro para a aquisição de acervos e a promoção de atividades culturais, além de resolver questões técnicas nas bibliotecas do interior, que apresentavam dificuldades nessa área. O segundo marco importante aconteceu em 2010, a partir de uma reformulação que o fez atuar como uma rede integrada de bibliotecas, quando foi intensificada a promoção de programas de incentivo à leitura, capacitação técnica e de gestão, e o envolvimento direto dos usuários nas atividades. Em 2024, o SisEB segue avançando, agora com uma abrangência que inclui bibliotecas comunitárias, escolares, de museus, em presídios e especializadas.
"O objetivo principal do sistema é garantir aos cidadãos do Estado de São Paulo o direito à biblioteca e fazer com que cada uma tenha uma relação significativa com seus territórios e suas comunidades", pontuou, além de relembrar que o SisEB é coordenado pela Unidade de Difusão Cultural, Bibliotecas e Leitura da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, com gestão da SP Leituras.
Marcus também destacou os sete preceitos que norteiam as ações do SisEB, com ênfase na articulação com os municípios e na promoção de bibliotecas vivas. "O conceito de biblioteca viva coloca o público como protagonista das ações culturais", pontuou, além de mencionar as capacitações técnicas, incluindo cursos que se esgotam em minutos, como ocorreu recentemente com uma formação oferecida pelo SisEB ministrada por Beth Ponte - que também integrou uma das mesas-redondas do Seminário..
O sucesso do programa Viagem Literária 2024 - com módulos dedicados a contação de histórias, grupos de leitura e encontros com escritores finalistas ou vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura - também foi abordado em sua apresentação, assim como oprojeto Praler - Prazeres da Leitura, que promove clubes de leitura em presídios com remissão de pena, e a plataforma digital BibliON, que democratiza o acesso à leitura de forma virtual.
Para finalizar, ele trouxe dados impresionantes. "Chegamos ao maior número de bibliotecas e salas de leitura de acesso público em toda a história do SisEB", destacou. Em 2023, o sistema alcançou 93% dos municípios paulistas, com 1.448 bibliotecas e salas de leitura identificadas, sendo que mais de 730 mil livros foram doados desde 2008, e mais de 5 mil ações culturais foram realizadas. "Até o ano passado, atendemos 601 municípios dos 645 existentes, ou seja, 93% do Estado foi contemplado pelas ações do sistema. Desde 2008 até o ano passado, mais de 430.000 pessoas foram atendidas. Nossa central de distribuição doou 730.000 livros e realizou mais de 5.000 ações culturais e formativas no âmbito do SisEB", acrescentou.
Por fim, apresentou uma novidade: o novo logotipo desenvolvido para celebrar os 40 anos do SisEB. O logo foi projetado para representar a conexão entre as bibliotecas e os espaços culturais, incorporando o mapa do Estado de São Paulo e elementos que remetem a livros e espaços de leitura.
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