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Postado em 28 DE junho DE 2024Descubra como tornar o seu acervo muito mais colorido com esses cinco títulos LGBTQIA+!
Hoje, 28 de junho, é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e, para tornar a sua biblioteca ainda mais atrativa, apresentamos cinco livros inspiradores que não podem faltar no seu acervo. A curadoria é da escritora e analista de Programas e Projetos da SP Leituras Jaiane Conceição. Delicie-se com a lista e veja como solicitar esses e centenas de outros títulos gratuitamente na Loja Virtual do SisEB:
1. Sessenta primaveras no inverno (Editora Nemo), de Aimée de Jongh e Ingrid Chabbert
“É uma obra fundamental para o acervo de qualquer biblioteca pois mostra que nunca é tarde para um recomeço e para ser quem realmente somos, começando pela autoaceitação”, explica Jaiane.
Sinopse: No dia em que completa 60 anos, Josy se recusa a assoprar as velas do bolo de aniversário. Ela já está de malas prontas. Havia tomado uma decisão: iria deixar o marido e a casa para recuperar a sua liberdade, ganhando a estrada com a velha Kombi. Sua família, inicialmente chocada, não deixará de culpá-la por essa escolha, que todos consideram egoísta. Nos primeiros dias, Josy irá se manter firme, conhecendo novas amigas, que vivenciam destinos semelhantes e enfrentam a mesma incompreensão social. Mas será isso suficiente para que ela assuma plenamente sua vontade de um recomeço? Talvez, se o amor estiver envolvido...
2. A palavra que resta (Companhia das Letras), de Stênio Gardel
“Este livro nos mostra como a literatura pode mudar vidas; Como a palavra escrita pode ser carregada de amor e de descobertas; Como o amor não vivido pode ser sentido em cada palavra, depois que ela toma forma e faz sentido. Por esse motivo, A palavra que resta é aquele livro essencial nas bibliotecas”, opina.
Sinopse: Aos 71 anos, Raimundo decide aprender a ler e a escrever. Nascido e criado na roça, não foi à escola, pois cedo precisou ajudar o pai na lida diária. Mas há muito deixou a família e a vida no sertão para trás. Desse tempo, Raimundo guarda apenas a carta que recebeu de Cícero, há mais de cinquenta anos, quando o amor escondido entre os dois foi descoberto. Cícero partiu sem deixar pistas, a não ser aquela carta que Raimundo não sabe ler ― ao menos até agora. Com uma narrativa sensível e magnética, o escritor cearense Stênio Gardel nos leva pelo passado de Raimundo, permeado de conflitos familiares e da dor do ocultamento de sua sexualidade, mas também das novas relações que estabeleceu depois de fugir de casa e cair na estrada, ressignificando seu destino mais de uma vez.
3 - Nos olhos de quem vê (Harper Collins), de Helô D'Angelo
“É aquela HQ indispensável em qualquer estante de biblioteca, daqueles livros para ficar em lugar de destaque, pois ler as experiências contadas e ilustradas de uma forma tão bonita e com linguagem tão acessível, nos faz querer morar naquelas páginas e, principalmente, reescrever nossa própria história.”
Sinopse: Quem nunca teve problemas com autoimagem, ou com autoaceitação, ou com autoestima? Quem nunca se comparou a padrões irreais (para não dizer malucos) de beleza e de comportamento e sofreu tentando se adequar a eles, apelando para métodos no mínimo duvidosos? E a troco de quê? Foi com isso em mente que a quadrinista e finalista do CCXP Awards Helô D’Angelo escreveu este livro, compartilhando experiências pessoais com as quais é impossível não se identificar. Com um sagaz toque de humor, muita ironia e ilustrações que são um espetáculo à parte, Helô nos leva do riso às lágrimas, convidando-nos a enfim olharmos para dentro e nos amarmos sem o peso do olhar do outro.
4 - Meu irmão, eu mesmo (Alfaguara), de João Silvério Trevisan
“Ler Meu irmão, eu mesmo é mergulhar em um mundo particular e, mesmo assim, cheio de histórias escondidas de muitas pessoas. A gente quase se sente como se tivesse que pedir desculpas por entrar na intimidade do autor, e é essa linguagem que nos atravessa de uma forma triste, mas necessária, abordando questões que ainda permeiam nossa realidade, que faz com que o leitor queira voltar à biblioteca e procurar mais livros assim. É um convite.”
Sinopse: Com uma narrativa poderosa e expressiva, Meu irmão, eu mesmo já nasce um livro fundamental de nossa literatura. Aqui, João Silvério Trevisan partilha com o público a experiência de amar e sobreviver até a última gota. Filho mais velho de uma família de baixa classe média do interior de São Paulo, João era um “outsider”, o irmão “que veio trazer o abalo”, a “implosão de certezas”. Seus laços familiares com Cláudio, o irmão do meio, tido como o mais progressista, o mais bonito, o mais querido, foram se estreitando. “Quando lhe contei pela primeira vez da minha homossexualidade, tornou-se meu admirador e um amigo incondicional”, escreve Trevisan. Como pano de fundo, aborda as lutas da comunidade LGBT nos anos 1990, suas conquistas e o pânico frente a uma doença então desconhecida.
5 - Um homem só (Companhia das Letras), de Christopher Isherwood
"Esse livro é um daqueles que nascem solitários, mas que logo faz diversos amigos. Uma 'sociedade secreta', de pessoas que vivem suas vidas dentro de 'armários', com medo de ser quem são. Esse livro é de um homem só e de todos eles, é uma história contada por muitas mãos e que deve ser lida assim, com mãos unidas por páginas e palavras, por lágrimas e lutas. Poder ter esse livro na biblioteca é um grito silencioso de liberdade", finaliza.
Sinopse: Clássico absoluto da literatura moderna, Um homem só é um livro brutal que aborda o envelhecimento e a solidão de um homem gay com uma crueza lírica e necessária. Entre marés de tristeza e raiva, George, um professor inglês de meia-idade, tenta se adaptar à rotina na ensolarada Califórnia dos anos 1960 após a morte trágica de seu jovem parceiro. Por trás de seu jeito reservado, existe um homem que observa a vida com olhos desejosos. Os corpos masculinos o atraem; a beleza acalenta seu coração dilacerado. Contudo, a sociedade repressora da época inibe a realização de seus sonhos. Ao ser publicado pela primeira vez em 1964, Um homem só chocou muitos leitores com seu retrato franco de um homem gay na maturidade. Considerado hoje um clássico moderno, este livro é uma narrativa comovente sobre amor e solidão.
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