Louise Glück, poeta americana de 77 anos, ganha o Prêmio Nobel de Literatura 2020
Postado em 08 DE outubro DE 2020
A poeta, como outros ganhadores do prêmio, receberá 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões). Glück sucede o austríaco Peter Handke, escolhido no ano passado. A polonesa Olga Tokarczuk, anunciada na mesma ocasião de Handke, ficou com o prêmio de 2018, que havia sido suspenso em razão de uma polêmica envolvendo assédio moral e sexual por parte do marido de uma integrante da Academia.
Não há livros de Louise Glück publicados no Brasil. Mas o G1 publicou dois poemas da autora traduzidos pela escritora, desenhista, pintora e tradutora brasileira Camila Assad. Um deles, "Confissão", reproduzimos abaixo:
"Confissão", de Louise Glück
(Tradução de Camila Assad)
"Dizer eu não sinto medo –
Não seria honesto.
Sinto medo da doença, da humilhação.
Como todo mundo, tenho os meus sonhos.
Mas aprendi a escondê-los,
Para me proteger
Da realização: toda felicidade
Atrai a fúria das Sinas.
Elas são irmãs, selvagens –
No final, não há
Emoção, mas inveja."
Décima sexta mulher a receber o Nobel de Literatura, Louise nasceu em Nova York em 1943 e estreou na poesia em 1968, com o livro "Firstborn". Com "The wild Iris", levou o Pulitzer em 1993, e seu livro mais recente, "Faithful and virtuous night", de 2014, venceu o National Book Award. Ao todo, Glück publicou 12 coleções de poesia e alguns ensaios sobre o tema. Em 2016, a poeta também recebeu a National Humanities Medal do então presidente dos EUA, Barack Obama.
Leia abaixo parte da biografia que consta na organização americana Academy of Achievement:
"Louise Glück nasceu na cidade de Nova York e foi criada em Long Island. Seu pai, Daniel Glück, um imigrante da Hungria, foi um empresário de sucesso que ajudou a desenvolver e comercializar a familiar faca X-Acto. Os membros da família pronunciam seu nome como “Glick”.
Desde tenra idade, Louise foi profundamente tocada pela linguagem e narrativa, um entusiasmo que seus pais encorajaram. Na adolescência, ela já enviava versos de sua própria composição para revistas e editoras. Ela se formou no colégio em Hewlett, Nova York, em 1961.
Uma adolescente problemática, ela foi diagnosticada com o transtorno alimentar e anorexia nervosa. Ela superou essas dificuldades por meio da psicanálise, processo que ela lembra como, “uma das grandes experiências da minha vida. Isso me ajuda a viver e me ensinou a pensar”. Ela frequentou o Sarah Lawrence College e a Columbia University, mas saiu sem se formar. Na Escola de Estudos Gerais de Columbia, ela teve aulas noturnas com os poetas Léonie Adams e Stanley Kunitz, professores que ela credita por ajudá-la a encontrar sua própria voz."
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