'Muita loucura, cantoria e histórias emocionantes' é o que promete Ademir Apparício Júnior na primeira semana do Viagem Literária - Viagem Literária

'Muita loucura, cantoria e histórias emocionantes' é o que promete Ademir Apparício Júnior na primeira semana do Viagem Literária

Roger Pavinski

Ademir Apparício Júnior é um ator-pesquisador, palhaço, contador de histórias, produtor criativo, arte-educador e mímico que aprendeu a arte de contar histórias com sua avó Dolores. "Quando apresento, é como se ela estivesse comigo em cada sorriso do público, cada olhar, cada canção que eu canto em cada história que eu apresento", ele compartilha. Patrono da cadeira 19 da Academia Brasileira de Contadores de Histórias e membro da Rede Internacional de Contadores de Histórias, Ademir traz uma abordagem autêntica e envolvente para suas apresentações. “Os estudos em Gestão Cultural me ajudaram a administrar melhor o meu trabalho, entendendo-o de forma empreendedora criativa. Isso me permitiu expandir minha ação artística para além da minha região,” explica.

Em conversa com a SP Leituras, ele destaca a importância da literatura de cordel, recorda momentos inesquecíveis que já viveu com outras edições do Viagem Literária e ainda dá um teaser do que levará aos públicos neste ano. Confira!

Como a sua formação em Gestão Cultural e os estudos em Mímica Total, Teatro Físico e Arte Dramática contribuem para a sua abordagem como contador de histórias e produtor criativo?

Os estudos na Gestão Cultura me ajudaram a administrar melhor o meu trabalho entendendo ele de forma empreendedora criativa. Assim consegui expandir minha ação artística para outras localidades além da minha região e ter estratégias criativas para apresentar em lugares que nunca havia imaginado antes. Agora os estudos de Mímica com o Luis Louis, Teatro Físico com o LUME Teatro e Barracão Teatro potencializaram a minha ação oral que já vinha desenvolvendo desde que me formei em Arte Dramática, em 2013. Por meio da minha voz e do meu corpo eu fomento o olhar imaginativo do meu público fazendo com que ele realmente tenha uma viagem lúdica, divertida e emocionante. E toda história sempre tem um grande aprendizado que conforme ele vai escutando e percebendo os sentimentos da personagem, que são semelhantes aos seus sentimentos, vai encontrando respostas para o seus desafios nesse mundo.


O que a literatura de cordel significa para você e qual a importância de levá-la às escolas e bibliotecas?

Representa, de forma afetiva e íntima, um contato com a minha origem materna. Tenho um espetáculo que se chama "Histórias que minha avó contava" onde homenageio a minha avó e outras ancestralidades paternas. Nesse repertório vou homenagear a minha ancestralidade materna, que eram da região norte e nordeste. A importância de levar esse repertório para as escolas e bibliotecas tem um valor imensurável. Por meio do cordel temos histórias, cantos, contos, receitas e etc. É o nosso patrimônio cultural e uma população que valoriza a sua cultura é uma população que cresce emocionalmente. Fazer com que o público tenha esse contato é realmente extraordinário.


Poderia compartilhar uma lembrança especial sobre como sua avó Dolores influenciou e inspirou seu caminho na arte de contar histórias?

Vixi, difícil escolher uma...kkkkk! Sabe que quanto mais eu cresço, mais eu vejo a importância que a minha avó Dolores tem na minha vida. Quando apresento é como se ela estivesse comigo em cada sorriso do público, cada olhar, cada canção que eu canto em cada história que eu apresento. Me veio uma quadra que ela ama quando canto para ela: "O gosto não tem princípio, às vezes, não tem de quê. Gosto de ti, porque gosto; Sem mesmo saber por quê".