Literatura do absurdo
As conexões entre obras da literatura contemporânea com os clássicos, os mitos e as lendas do Brasil e do mundo serviram de pano de fundo para a oficina “O absurdo e o fantástico entre nós”, realizada pelo escritor Felipe Castilho nas bibliotecas das cidades de Valparaíso, Dracena, Pacaembu e Adamantina, de 3 e 6 de outubro. Ao abordar a temático do absurdo, o autor mostrou de forma prática o quanto a literatura é responsável por ditar tendências em áreas como o audiovisual, o mercado gamer e a cultura pop.
A seleção de livros usada na oficina incluiu obras conhecidas do grande público, como a trilogia O Senhor dos anéis, de J.R.R. Tolkien, a saga Percy Jackson, de Rick Riordan, a coleção Discworld, de Terry Pratchett, Deuses americanos, de Neil Gaiman, e O guia do mochileiro das galáxias, além dos clássicos O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson, Moby Dick, de Herman Melville, Rei Lear, de William Shakespeare, e O Som e a Fúria, de William Faulkner.
O escritor conta que sempre optou por contar histórias por meio da lente do absurdo, mas que na verdade elas falam sobre as emoções humanas. “É uma questão estética, uma forma de trabalhar com metáforas, paralelos e extrapolações ao mesmo tempo em que criamos mundos. O meu trabalho fica mais instigante quando eu conto uma história partindo do ‘o que aconteceria se...?’, assim se abrem possibilidades, surgem novas versões de histórias que já ouvimos e eu me divirto”, explica.
Felipe Castilho é autor e roteirista de quadrinhos, animações e games. Escreveu a série O Legado folclórico, composta pelos livros Ouro, fogo e megabytes, Prata, terra & lua cheia, e Ferro, água & escuridão. Sua HQ Savana de pedra foi finalista do Prêmio Jabuti e do Troféu HQ Mix, em 2018, e o romance Serpentário, ficou entre os finalistas do Jabuti de 2020.
Blog
Fique por dentro de tudo o que acontece nos três módulos do Viagem Literária!