A mesa-redonda “Entre bibliotecas, leituras e literaturas”, que aconteceu na tarde quarta-feira, 28 de junho, teve a proposta de levar ao público discussões que permeiam a experiência de três convidados que trazem em sua trajetória muita coisa em comum: Adriana Negreiros, Joselia Aguiar e Tiago Rogero são jornalistas e escritores.

Com mediação do poeta, ensaísta e advogado e doutor em Filosofia do Direito pela Universidade de São Paulo, Tarso de Melo, o bate-papo trouxe uma mescla de reflexões em torno de um tema amplo que envolve todo o universo da cultura contemporânea, a partir de visões muito particulares sobre imprensa, história e literatura. Na oportunidade, os convidados também puderam falar amplamente sobre suas obras, projetos atuais e futuros.

A pauta do dia foi quente: como se deu a relação desses profissionais com os livros e com a literatura, a crítica ao jornalismo atual - e a autocrítica feita pelos próprios jornalistas – novos projetos, indicações de livros e leitura e, claro, relatos incríveis sobre o papel determinante das bibliotecas públicas nas vidas de Adriana, Joselia e Tiago.

Com a pergunta que não quer calar, “Qual é (ou quais são) a Biblioteca da sua vida?”, Tarso de Melo deu início ao debate. Mas não vamos dar spoiler: vale a pena conferir a live na íntegra no canal do Youtube do SisEB. 

Convidados: 

Joselia Aguiar é soteropolitana. Jornalista e doutora em História pela Universidade de São Paulo, foi curadora do Festival Literário Internacional de Paraty (Flip) nas edições de 2017 e 2018 e dirigiu a Biblioteca Mário de Andrade, uma das mais importantes do País. Ela é autora da mais completa biografia do escritor Jorge Amado, publicado pela editora, todavia, resultado de uma pesquisa de sete anos, vencedor do Prêmio Jabuti 2019.  E sobre futuros próximos, Josélia já anuncia o próximo livro, ainda em andamento, que gira em torno da vida e trajetória da pintora Djanira da Motta e Silva. 

Adriana Negreiros é cearense. Jornalista, é graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará e em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Tem especialização em Filosofia Política pela Universidade do Minho. É autora dos livros "Maria Bonita, sexo, violência e mulheres no cangaço (Objetiva, 2018)" e "A vida nunca mais será a mesma: cultura da violência e estupro no Brasil" (Objetiva, 2021). Foi finalista do Prêmio Rio de Literatura com "Maria Bonita" e vencedora do prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de Literatura, na categoria ensaio, com "A vida nunca mais será a mesma". Tem interesse nos estudos sobre comunicação, violência, sexualidade e história das ideias.

Tiago Rogero nasceu em Belo Horizonte, em 1988, e, desde abril de 2011, mora no Rio de Janeiro. Jornalista, é criador do projeto Querino, lançado em agosto de 2022 como um podcast narrativo (produzido pela Rádio Novelo) e uma série de publicações na revista Piauí. Gerente de criação na Rádio Novelo. Idealizador e apresentador dos podcasts narrativos Vidas Negras (Spotify/Rádio Novelo) e Negra Voz (O Globo). Vencedor do 42º Prêmio Vladimir Herzog (2020) em Produção Jornalística em Áudio, com o 5º episódio do Negra Voz. Finalista (em 2021) do principal prêmio de podcasts dos EUA, o do Third Coast International Audio Festival, com o 1º episódio do Vidas Negras, na categoria Best Documentary: Non-English Language. É um dos diretores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) no biênio 2022-2023.

Assista a live na íntegra no canal do Youtube do SisEB. 

 O 14º Seminário Internacional Biblioteca Viva acontece de forma 100% on-line. A participação é gratuita e todas as atividades têm tradução simultânea em português e Libras.

Confira a programação completa: https://bibliotecaviva.org.br/.