Ferramentas digitais potencializando o acesso à informação no Quênia - Biblioteca Viva
 

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Ferramentas digitais potencializando o acesso à informação no Quênia

A palestra de abertura do 13º Seminário Internacional Biblioteca Viva foi mediada pelo bibliotecário Gonzalo Oyarzun, que recebeu a convidada Sarah Ogembo, chefe do Serviço Nacional de Bibliotecas do Quênia. 

Sarah começou sua exposição em suaíli, língua oficial do Quênia, juntamente com o inglês, apresentando ao público, na sequência, as características do seu país e destacando como seu grande território também traz desafios para integração comparáveis aos observados no Brasil. 

Depois de ambientado ao contexto queniano, o público teve a oportunidade de entender melhor como funciona o serviço de bibliotecas e conhecer sua sede, a Biblioteca Nacional, um prédio icônico que tem como marcas registradas duas estruturas em formato de tambores nas laterais de sua entrada. 

A partir de então, Sarah apresentou programas e serviços oferecidos pelo Serviço Nacional de Bibliotecas, como no caso da Biblioteca Kibera, localizada em uma das maiores favelas de Nairóbi, a capital queniana, que se tornou um espaço essencial de garantia ao acesso digital para a comunidade local, e a Biblioteca Rambula, que se encontra na área rural do país e disponibiliza formação cultural e profissional para crianças, jovens, adultos e agricultores locais.

Para além dos equipamentos físicos, a exposição se direcionou para os programas que têm como objetivo a “alfabetização informacional”. Sarah destacou a sinergia dessas ações com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4 da Agenda 2030 da ONU – Organização das Nações Unidas, que é a Educação de Qualidade. 

Entre os referidos programas, a chefe do Serviço Nacional de Bibliotecas do Quênia elencou a Biblioteca Nacional Virtual, o Kio Kit e a Laibu Mkononi, uma expressão derivada do inglês e do suaíli que significa “biblioteca na palma da mão”. 

A Biblioteca Nacional Virtual engloba, além do acervo digital de livros disponibilizados ao público, um laboratório de digitalização que possibilitou a criação de arquivos eletrônicos para livros raros e outros documentos com relevância histórica e um centro de dados e backup. 

Os Kio Kit’s são malas equipadas com 40 tablets de fácil transporte que permitem o acesso digital a estudantes da rede de ensino de todo o país.  

Por fim, o Laibu Mkononi foi um programa idealizado em decorrência da pandemia da covid-19, estruturando um esquema mensal de doações que permitiu à crianças e jovens em situação de vulnerabilidade o acesso ao mundo digital. 

Sara chamou atenção também para as diversas parcerias internacionais que possibilitaram a execução desses programas, como a  com a IFLA – Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias.

Minicurso na Biblioteca Parque Villa-Lobos

Ainda dentro da programação do seminário, Sarah Ogembo ministra, na quinta-feira, às 14h, o minicurso Acesso equitativo à informação por meio de produtos e serviços digitais, na Biblioteca Parque Villa-Lobos.