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Escolho textos que reverberam em mim

Contar histórias não é simplesmente abrir um livro e ler. Para a narradora Heidi Monezzi, os contos precisam tocar a sua alma, despertar os sentidos e trazer um enredo relevante capaz de tornar o mundo melhor. Em seu trabalho, gosta de usar técnicas teatrais porque estimulam a expressão do corpo e da voz. “Sou muito musical, então a linguagem teatral faz parte da minha interpretação, mas cada narrador tem a sua trajetória e estilo de contar histórias. Não tem certo nem errado e essa é a grande riqueza desse universo.”
A escolha das histórias narradas não acontece por acaso e a contadora tem um ritual bem particular para processar sua seleção. “É um momento de intimidade com o livro, saboreio as palavras, o sentido do texto, as imagens e vejo se aquilo reverbera dentro de mim. Aí decido se compartilho ou não com o público”, afirma. Um de seus livros favoritos é Tom, de André Neves. O texto delicado sobre diversidade despertou em Heidi a vontade imediata de criar uma música e uma nova história, chamada Menino Tom, a partir da mesma temática.
Heidi Monezzi é graduada em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas e pós-graduada pela Faculdade de Conchas. Estudou voz com Madalena Bernardes e Carlos Simioni, da Lume Teatro. É narradora de histórias desde 2011, apresentando-se na Casa Tombada, Casa da História, unidades do Sesc São Paulo, bibliotecas públicas, hospitais e empresas.