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Encerramento do Seminário celebra o valor inestimável dos encontros, abraços e experiências!
O Seminário Internacional Biblioteca Viva – Culturas
digitais: movimentos e possibilidades, já ficou para história como o
‘Seminário do Abraço!'. Com a retomada das ações presenciais, depois de ter
acontecido de maneira 100% remota no ano passado, a 13ª edição do evento
comemorou os encontros: “Tivemos a oportunidade de nos vermos e de nos
abraçarmos; e o abraço aqui, com a ideia de comprometimento, de uma missão, de
uma identificação com o outro, com a comunidade e com as equipes.”, afirmou
o diretor executivo da SP Leituras, Pierre André Ruprecht.
O Seminário Biblioteca Viva realizou-se nos dias 5 e 6
de julho de 2022, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo; e no dia 7 de
julho, na Biblioteca de São Paulo e Biblioteca Parque Villa-Lobos, apostando em
uma programação que contextualizou as culturas digitais e as diferentes formas
de contato com o público proporcionadas pela tecnologia, contribuindo para a
implantação de um modelo de gestão de bibliotecas híbrido, com total
convergência entre o mundo físico e virtual.
O encontro reuniu 380 participantes de todo o Brasil, de 95
cidades brasileiras, abrangendo 16 estados e Distrito Federal, contando com 30
convidados internacionais de cinco países. Especialistas, professores,
profissionais do livro e da leitura puderam acompanhar as ideias e compartilhar
experiências durante as mesas e sessão de pôsteres.
Agora, todos retomam seu dia a dia para vencer os desafios diante
dos novos paradigmas do mundo digital. “Desejo a todas a bibliotecas
que consigam realizar seus projetos; é hora de falar com gestores, prefeituras
levantar recursos e mostrar porque o investimento neste setor é tão importante.”,
enfatizou Ruprecht.
Clima de abraço
E foi este o clima que se seguiu nos três dias do Seminário, desde a
abertura, na tarde de segunda-feira, 5 de julho, com a presença
do coordenador da Unidade de Difusão Cultural, Bibliotecas e Leitura,
Cristiano Braga, em nome do secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado
de São Paulo, Sérgio Sá Leitão. No mesmo dia, na palestra de abertura, em
uma instigante conversa entre a convidada Sarah Ogembo, chefe do Serviço
Nacional de Bibliotecas do Quênia com o bibliotecário Gonzalo Oyarzun, o
público teve a oportunidade de conhecer programas e serviços oferecidos pela
Biblioteca Kibera, na capital queniana Nairóbi, que se tornou um espaço essencial
de garantia ao acesso digital para a comunidade local, e da Biblioteca Rambula,
na área rural do país, que disponibiliza formação cultural e profissional
para crianças, jovens, adultos e agricultores locais.
Não faltaram os debates sobre os temas mais polêmicos da atualidade.
Entre eles, a mesa Redes culturais: trabalhos coletivos e colaborativos discutiu
temas cruciais do mundo digital, como os dilemas dos aplicativos e das
redes sociais como espaços de democratização da informação e de coleta de dados
e o potencial das redes colaborativas para bibliotecas, reunindo nada menos que
André Lemos (UFBA), João Alexandre Peschanski (Wiki Movimento Brasil/Faculdade
Cásper Líbero) e Sérgio Amadeu (UFABC).
E as fake news também entraram para a roda na mesa-redonda Competência
digital, educação midiática e (des)informação que apresentou várias
referências sobre a atuação das bibliotecas no combate às fake news, com os
convidados Rodrigo Ratier, professor universitário e jornalista especializado
em educação; Victor Terra, da agência Lupa; e a professora da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Alexandra Bujokas de Siqueira, com
mediação foi feita pela coordenadora acadêmica e docente da área de Ciência da
Informação, da Fundação Escola de Sociologia de São Paulo, Valéria Valls.
Intercâmbio internacional: experiência alemã trazendo referências para o
Brasil
Um dos grandes momentos do Seminário ficou por conta de Mirko
Wilkelmann, da Associação Alemã de Bibliotecas, convidado da primeira palestra
virtual do Seminário, no dia 6 de julho, com mediação da artista e pesquisadora
da Silo – Arte e Latitude Rural, Cinthia Mendonça. A mesa Bibliotecas
Rurais na Alemanha: quais os desafios enfrentam e o quanto podem alcançar?,
apresentou os desafios e dificuldades das bibliotecas instaladas nas zonas
rurais da Alemanha (cerca de 2/3 do território), Experiências
internacionais que tem muito a ver com a realidade brasileira.
Em breve, as gravações das mesas do 13º Seminário Internacional
Biblioteca Viva poderão ser acessada na íntegra pelo canal do YouTube do SisEB.
Ponto alto do Seminário: Painéis e Pôsteres
As sessões de Painéis e Pôsteres são sempre momentos de alta expectativa
para o público e convidados e, também, para a comissão julgadora, que seleciona
os trabalhos a serem apresentados que, segundo Pierre André Ruprecht, ‘é
sempre uma tarefa muito difícil pela alta qualidade de todos os trabalhos
enviados’. Para o diretor executivo, a cada ano, os trabalhos ficam ainda
melhores. Neste ano, foram recebidas mais de 80 experiências que foram
criteriosamente selecionadas pelo Conselho Curatorial do evento.
E para fechar as atividades da edição de 2022, o Seminário estendeu seu
território para as Biblioteca de São Paulo e Biblioteca parque Villa-Lobos. O
minicurso Inclusão digital e serviços de bibliotecas, na BSP
realizado na tarde do dia 7 de julho, propôs um amplo diálogo para discutir
como as bibliotecas podem promover a inclusão digital, a partir da apresentação
da moçambicana Delfina Lázaro Mateus, mestre em bibliotecas e serviços de
informação digital e doutoranda em Arquivos, Bibliotecas e Documentação no
Entrono Digital na Universidad Carlos III de Madrid. O minicurso teve a
mediação de Angelita Garcia (GT Relações Étnico-raciais e
Decolonialidades-FEBAB).
Já no minicurso Acesso equitativo à informação por meio de
produtos e serviços digitais, no mesmo dia, na Biblioteca Parque
Villa-Lobos, ministrado pela chefe do Serviço Nacional de Bibliotecas do
Quênia, Sarah Ogembo, com mediação do bibliotecário, consultor e professor
universitário Gonzalo Oyarzún, abordou a necessidade de se considerar o
ponto de vista dos frequentadores com relação ao acesso nas bibliotecas, além
da importância dos profissionais da área terem a mente aberta e estarem
dispostos a aprender, inclusive com as crianças e os jovens, de como
utilizar de forma eficiente e atrativa esses dispositivos.
Mensagem final
“O Seminário é sempre um lugar de encontro e de abraço, de
levantamento do entusiasmo e de olhar para a frente. Não estamos
sozinhos!”.
(Diretor executivo da SP Leituras, Pierre André Ruprecht)
Esperamos todos e todas e todes no ano que vem!
Um grande ABRAÇO!